por T. Austin-Sparks
Capítulo 2 – Conquista Pela Disciplina
Leitura: Sl 24:3; Ap 14:1-5
Gostaria registrar inicialmente o cerne daquilo que realmente está em vista, a fim de deixar claro o que estamos, de fato, analisando: Deus sempre desejou ter um povo em absoluta ascendência. A palavra ascendência pode ser substituída por outras, como domínio ou exaltação. Entretanto, acredito que a palavra ascendência se encaixa perfeitamente no que queremos mostrar aqui, um povo em absoluta ascendência.
Esse conceito torna-se uma chave para as Escrituras, as explicando de maneira completa. A Bíblia não é apenas um registro de inúmeros acontecimentos ou histórias de muitas pessoas ou nações. Não! Tudo o que está registrado ali converge em um foco: um povo de acordo com o propósito de Deus em absoluta ascendência espiritual. Esse assunto é muito abrangente.
No livro de Apocalipse, que conclui a Bíblia, em seu capítulo 14, vemos o ápice do propósito Divino: a absoluta ascendência Naquele que é chamado de “O Cordeiro”. Encontramos ali com Ele cento e quarenta e quatro mil. A pergunta havia sido feita muito tempo antes de Davi verbalizá-la assim: “Quem subirá... quem há de permanecer?” [Sl 24:3]. Essa pergunta ressoou pelas eras, desde aquele dia em que Adão permitiu que toda a questão da ascendência, com relação a este mundo, fosse transferida para as mãos do diabo. Quem subirá, quem terá domínio, quem estará acima, quem estará de pé depois que tudo foi destruído na queda? Essa pergunta finalmente é respondida nesse capítulo, onde vemos uma voz como de muitas águas, como grande trovão, como de harpistas quando tangem suas harpas, o Cordeiro e aqueles que com Ele estão no monte Sião. Esse é o fim da invulnerabilidade das forças do mal. Eis aqui a resposta.
A resposta também é encontrada em um grupo representativo. Ao dizermos isso, imediatamente introduzimos uma nova pergunta ao assunto. Por que nós, como povo de Deus, nos reunimos? Será que é porque somos Cristãos que amam ao Senhor, nos deleitamos em estarmos juntos ocasionalmente para nos encontrar, receber algum tipo de ensino e tentar nos ajudar mutuamente a sermos melhores Cristãos? Estou bem certo que a resposta a essa pergunta é Não. Já vimos que há muito mais envolvido nas coisas atreladas ao fato de pertencermos ao Senhor, do que apenas sermos Cristãos, mesmo que sejamos muito bons nisso. Deus tem nos chamados a um propósito relacionado ao Seu Filho. O novo nascimento é apenas o início desse objetivo maior e final. Tal propósito de Deus tem sido o motivo de intensa e interminável hostilidade por parte do reino das trevas ao longo de todas as eras. O objetivo final da vida cristã é o ponto focal no qual os poderes do reino das trevas voltam toda a sua atenção. As forças do mal agem contra o início da vida Cristã, tentando impedir o novo nascimento, e depois se opõem a cada estágio de seu desenvolvimento. A intensidade de sua oposição junto a cada crente vai aumentando à medida que este se determina a ir mais longe com o Senhor. Tudo isso acontece devido ao resultado final que está sendo gerado. A questão se torna individual e pessoal, simplesmente porque essas pessoas fazem parte de um todo. Esse todo, entretanto, não é encontrado em qualquer indivíduo ou número específico de pessoas, mas em um povo unido.
Qualquer coisa historicamente registrada na Bíblia, relacionada com algo terreno, visível, tangível e conhecido, deve ter sua contraparte espiritual. O visível deve ser uma representação do invisível. Dentre tantas coisas que cumprem essa função, uma das maiores é a grande nação de Israel. Essa nação é muito conhecida na história, vista na terra, mas esconde uma grande intenção espiritual de Deus. A intenção máxima, relacionada com plenitude desse povo, está contida naquela pequena declaração registrada em Deuteronômio 28:1 e 13: “Se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará SOBRE TODAS AS NAÇÕES da terra... O Senhor te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás EM CIMA e não debaixo”. Eis o segredo de Deus proposto para aquele vaso que ilustra o Seu propósito. Esse pensamento é transmitido como uma realidade espiritual para a igreja, que é o Israel espiritual. A própria explicação da existência da igreja no propósito de Deus é apenas essa: uma nação sobre todas as nações, um povo em absoluta ascendência espiritual. “Quem subirá?” A resposta é encontrada ali, dentro do propósito e mente de Deus.
Esse propósito será certamente realizado, mas primeiramente será alcançado em um grupo representativo, expresso pelos cento e quarenta e quatro mil. Que vastidão da Palavra de Deus é descortinada imediatamente, quando temos essa chave diante de nós! Isso traz à luz toda a história de Israel, a começar por Jacó, o homem por meio de quem as doze tribos foram trazidas à existência. Toda a história de Israel foi gravada na experiência espiritual daquele homem. Quem foi Jacó, antes de ser conduzido pela mão disciplinadora de Deus? Bem, ele foi apenas um espelho da nação, se vista sob a ótica de si mesma: pobre, miserável, pecadora, insignificante. “Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo” (Dt 7:7), “Não te escolheu porque você era melhor que os outros povos”. Não, aquela foi uma escolha soberana, e isso é tudo que podemos falar de Jacó. Se buscarmos algo nesse homem para elogiar, será em vão, encontraremos exatamente o contrário. Mas aquele verme Jacó foi tomado pelas soberanas mãos de Deus, e de um Jacó, o suplantador, daquele insignificante verme, Deus fez um príncipe. Ele mudou seu nome para Israel, um príncipe com Deus, e lhe deu doze filhos. Que mistura aqueles filhos foram! Não entraremos nesses detalhes no momento, mas temos doze filhos, doze tribos.
Na Bíblia, o número doze representa governo. As doze pedras tiradas do Jordão e as outras doze colocadas ali (Js 4:8,9) falam de ascendência sobre a morte, e da sujeição da morte ao poder da ressurreição (isto é algo absoluto na própria existência desse povo do qual estamos falando). No Monte Carmelo, Elias construiu um altar com doze pedras, que definitivamente representavam as doze tribos de Israel. O altar era a testemunha da absoluta ascendência de Jeová e do Seu povo.
Muitas coisas aconteceram com essas doze tribos. Dã permitiu a idolatria entrar e ficou fora da história (veja Ap 7) [na descrição dos cento e quarenta e quatro mil dentre as tribos de Israel, a tribo de Dã não é mencionada], mas alguém toma o lugar de Dã e o número doze é preservado em Apocalipse 21. “A santa cidade... Tinha... doze portas, e... nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel” [Ap 21:10;12]. Esse número é preservado até o fim. Não precisamos pensar, neste momento, propriamente na história, mas vamos pensar espiritualmente. Doze é o governo em representação. Cento e quarenta e quatro mil (doze vezes doze) são vistos no monte. Isso traduz governo, plenitude, ascendência, transcendência por meio do Cordeiro. Assim, entramos na esfera dos superlativos.
Poderíamos continuar encontrando outros pontos, onde veríamos como o propósito Divino está forjado na própria estrutura das Escrituras. Do início ao fim, tudo está centrado no desafio: “Quem subirá...? Quem permanecerá...?” Quem terá, no final, o governo do universo de Deus? Qual será o Seu instrumento governamental e vaso para reinar sobre o universo? Quem? “Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão” (Sl 8:6) “Vemos... Jesus... coroado de glória e de honra” (Hb 2:9) “Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés” (Hb 2:8) “E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Ef 1:22,23) . A partir do Cabeça o governo passa a todo o universo por meio da igreja, que é o Seu corpo.
Isso explica muita coisa na experiência espiritual! Isso representa a grande diferença entre os Cristãos, a diferença de concepção do que é a vida Cristã, e para que estamos aqui. Israel encarou muitas tentações e adversidades relacionadas ao esse grande destino. Eventualmente, eles o perderam, estão espalhados entre as nações e comprometeram aquilo que Deus intencionava para eles nessa dispensação. Isso não aconteceu de forma simples, houve muitas razões para essa derrota. Nós iremos enfrentar exatamente as mesmas coisas que Israel enfrentou e devemos estar atentos quando vislumbramos nosso chamado.
Deus conquistará finalmente Seu propósito através de um grupo representativo, e nem todos os Cristãos chegarão a ele. Se isso não for verdade, por que então a necessidade do conflito, das exortações, súplicas, estímulos e advertências na Palavra de Deus para os cristãos? Por que nós não alcançamos tudo automaticamente? Por que tanto trabalho se, afinal de contas, todos finalmente chegaremos ao mesmo alvo de qualquer maneira? Veja que absurdo é assumir essa teoria de que, quer queira quer não, chegaremos ao pleno propósito de Deus, simplesmente por sermos Cristãos. Isso não irá acontecer! No caso de Israel, apesar de terem sido chamados, terem tido Deus e cada recurso Divino ao seu favor e comando para a realização do propósito, eles se depararam com coisas que se provaram muito poderosas, os derrotando no combate. O povo de Israel é usado repetidamente como advertência para a Igreja. Devemos estar atentos exatamente a essas coisas que causaram sua queda.
Um dos maiores inimigos do grande propósito de Deus na vida de Israel, que virtualmente precipitou sua queda, foi o fato deles tomarem todas as verdades de Deus como um sistema de ensinos e práticas definidos. Eles disseram: “Isso é tudo, é o clímax”. Eles encaixotaram a revelação Divina e afirmaram: “Nós já temos tudo. Agora tudo que devemos fazer é apenas observar esses ensinos e formas”. Eles resumiram toda a revelação de Deus em ensinos e práticas formais, falhando em ver que sua essência é a própria vida de Deus, existindo uma vasta diferença entre a letra e o espírito. Podemos ter toda a letra e as formas e isso pode não nos servir de nada, podemos continuar mortos. Quando alguém diz que viu algo do propósito do Senhor - não uma nova revelação do alto, mas algo que já foi dado em Sua Palavra, que demanda um ajuste, um progresso e até mesmo algo revolucionário em nossa vida - então, logo concluímos que isso não é confiável, é algo suspeito, por ser diferente daquilo que nós sustentamos, do que fomos ensinados e do que cremos. Assim, todo o caminho do progresso espiritual é barrado e impedido. Foi isso que Israel fez e o que o Filho de Deus combateu. Foi exatamente isso que afastou Israel do curso de todo o propósito da Sua vinda, tornando-a nula com respeito a eles.
Pense no julgamento do Senhor diante de Pilatos. Com quem simpatizamos e contra quem nos indignamos? Simpatizamos com Pilatos, o homem que, tomando a bacia e lavando suas mãos, disse: “Estou inocente do sangue desse justo” (Mt 27:24). Ele era um homem em um dilema. Podemos até desprezá-lo por sua aparente fraqueza, mas comparando-o com aqueles que disseram: “Dê-nos Barrabás, e que Jesus seja crucificado... caia sobre nós o seu sangue, e sobre os nossos filhos” [Mt 24:21-25], é com ele que simpatizamos, não com esses outros. Nos identificamos mais com a reação do mundo do que com a da igreja. Essas palavras são fortes. Quero dizer que nós simpatizamos mais com aquilo que é do mundo, do que com aqueles que afirmavam saber tudo e serem detentores de toda a verdade Divina. A hostilidade do mundo com relação a Cristo não é nada comparada com a da Cristandade sistematizada, morta e estabelecida. O perigo está em ter toda a verdade, todos os requisitos e práticas, mas perder o Trono. Cuidado “para que ninguém tome a sua coroa” [Ap 3:11].
Devemos atentar para os fatores que causaram a queda de Israel e roubaram deles o grande e glorioso propósito que Deus tinha disposto para deles. “O Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra” (Dt 28:1). A resposta de Satanás é: “Nunca, se eu puder evitar!”, e ele usa cada meio e método que possuir para que nenhuma semente consiga chegar, finalmente, à ascendência espiritual. Se ele puder impedir, a igreja não chegará ao seu domínio final.
Esse Trono glorioso é o centro do universo, e é ele que governa, que rege e direciona a experiência de cada crente. Isso equivale a dizer que ele está determinando as tentações e ataques que encaramos. Como membros do Corpo de Cristo, nossas provações e sofrimentos não são fatos isolados. Parte da perversidade do inimigo, quando este adormece nossa faculdade espiritual e cega os nossos olhos, é fazer com que enxerguemos o que acontece conosco sempre pela ótica pessoal. Isso é uma das coisas mais devastadoras que pode nos acontecer! Tomar o nosso sofrimento como sendo algo meramente pessoal. Fazendo isso, roubamos o objetivo e sentido de tais sofrimentos. Assim que começamos a nos voltar para nós mesmos e a olhar para nossos sofrimentos, tornando tudo em algo pessoal, perdemos o caminho para o Trono.
Quando vemos uma pessoa continuamente ocupada com seus próprios problemas, o tempo todo circulando ao redor de seus sofrimentos, e se essa pessoa torna toda a disciplina e treinamento em algo pessoal, não como algo que vem para testar e provar a sua fé, logo percebemos que ela afastou completamente a essência do propósito Divino atrelado a essas provas e sofrimentos. Essa pessoa está derrotada. Se apenas pudéssemos tomar essas provas, adversidades, sofrimentos e problemas que chegam até nós à luz do grande objetivo final, como degraus de uma escada levando nossos pés na direção do Trono! É a escada do sofrimento que nos conduz ao Trono. Vemos o Cordeiro no trono, e são sofrimentos e sacrifícios que conduzem ao monte Sião. Ainda assim, frequentemente tomamos essas provas na esfera pessoal, perdendo, então o seu objetivo final.
Não seja consumido pela autocomiseração! Veja o que isso está fazendo. Está dando ao inimigo o terreno que ele deseja para te sustentar em derrota. Não seremos úteis dessa forma. Nossas fraseologias sobre vitória não contam. Enquanto não tomarmos nossas aflições e sofrimentos, dizendo: “Isso deve me levar para cima, isso precisa ficar debaixo dos meus pés. Deus me deu isso como uma boa oportunidade para que possa aprender a respeito de ascendência”, enquanto não tomarmos uma atitude como essa, toda a nossa aflição e sofrimento estarão trabalhando na direção oposta da que Deus determinou.
“São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7:14). Isso é dito a respeito de um outro grupo encontrado no livro de Apocalipse, mas o princípio é o mesmo. Para que Deus pudesse obter esse grupo representativo no Trono, houve dores de parto. Ou seja, isso não aconteceu através de meros atos soberanos de tomar um determinado grupo e estabelecê-lo ali. Também não foi por se chafurdarem na autocomiseração pelos seus sofrimentos, mas por terem ressurgido dali, pela graça de Deus, ganhando assim a ascendência.
Não tome essas coisas literalmente, invalidando assim o seu objetivo. Deixe de lado a concepção literal de uma montanha e um trono com cento e quarenta e quatro mil, com coroas e anciãos. Veja a linguagem simbólica que encobre princípios espirituais, tudo isso é espiritual em sua natureza e essência. Ascendência espiritual, ou chegar ao Trono, é algo que deve acontecer dentro de nós, não é algo que vai acontecer em uma data futura, mas deve acontecer agora. Qualquer dia na vida de um filho de Deus pode prover muito material para determinar se ele está chegando ao trono ou não. Não espere pelo grande dia, quando Satanás será lançado para a terra e quando não haverá mais lugar nos céus para ele [Ap 12:7-9]. Que possamos buscar do Senhor ver em que, em certa medida, isso acontece hoje. Os céus podem ser geográficos, mas são espirituais também. Isso é o que está diante de nós, e é isso que o Senhor busca: não meramente ter um número de Cristãos, tão bons quanto Ele conseguir obter, mas ter um povo que possa chegar àquele lugar, onde a resposta será plena e finalmente respondida – tanto à pergunta quanto ao desafio: “Quem subirá...?”
Retomando ao exemplo de Jó, vemos que o patriarca teve uma tremenda escalada, de uma condição lamacenta, até ao ponto de vindicação onde o Senhor pôde se referir a ele de uma nova maneira e dizer aos outros: “esse homem é a chave para a resposta de suas orações, vocês não terão nenhuma resposta se ele não interceder por vocês. Seu destino e interesses espirituais dependem dele”. Isso é tremendo! Aquele homem deve ter chegado a um ponto específico, onde o destino de muitos outros dependia dele, pois Deus determinou e o disse claramente: “Seu bem-estar espiritual depende deste homem, precisei trazê-lo a essa posição por vocês”. Que escalada foi essa para Jó!
O que Deus estava fazendo por meio de tudo isso? Ele estava respondendo a um desafio do inferno. Mesmo que sem palavras, o desafio de Satanás foi: “Quem subirá? Quem permanecerá? Deixe-me tocar em Jó e Tu verás se ele vai permanecer ou não, se ele vai subir ou não”. E Deus disse: “Vou responder a esse desafio por meio desse homem”. O desafio foi respondido. Será que não é exatamente isso que o Senhor está fazendo por meio da Igreja? Por que Satanás tem agido continuamente através desses séculos? Por que ele não foi apagado da existência quando Cristo destruiu seu poder no Calvário? Por que a igreja tem sofrido tanto através das eras? Por que atualmente o povo de Deus está tão opresso e aflito? Deus está respondendo ao inimigo, e essa resposta será encontrada plenamente nesse grupo que estará no monte Sião com o Cordeiro. Eles ascenderam e devem permanecer ali. Ainda veremos, é claro, o que é básico para esse ascender e permanecer. Essa é a história espiritual, mas temos o fato daquilo que Deus busca, a única coisa que satisfaz Suas intenções desde o início. “Quem subirá? Quem permanecerá?” O Monte Sião e seu sentido espiritual são a resposta. O apóstolo disse: “Mas tendes chegado ao monte Sião... à igreja dos primogênitos” (Hb 12:22,23). Isso quer dizer a mesma coisa.
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