por T. Austin-Sparks
Capítulo 5 - O que está sendo formado?
Chegamos à última parte de nossa abordagem de uma grande questão, que diz respeito à verdadeira natureza da dispensação que veio com o Senhor Jesus. Portanto, é necessário reunir tudo que vimos até aqui num só tema. Já cobrimos um terreno muito amplo, mas tudo se concentra num só assunto.
Não se trata de colocar um sistema contra o outro, ou seja, não é uma questão de judaísmo em oposição ao cristianismo.
Não é uma questão de legalismo contra espiritualidade.
Não é uma questão do Antigo Testamento contra o Novo Testamento.
Também não é uma questão de Paulo contra seus inimigos.
Todas estas coisas já foram abordadas naquilo que compartilhamos, mas elas não são o nosso tema específico. Houve uma grande batalha que se iniciou com a vinda do Senhor Jesus e o apóstolo Paulo foi um instrumento escolhido para atuar nela. O motivo desta batalha não foi alguma interpretação especial das Escrituras, nem mesmo algum tipo particular de doutrina. Esta batalha também não ocorreu em defesa de uma forma especial de adoração. Trata-se de uma batalha muito maior que qualquer uma destas coisas.
Embora a epístola aos Gálatas aborde todos estes assuntos, seu tema está concentrado em uma palavra. Toda a carta e tudo aquilo com o qual ela trata é concentrado em um só versículo. Se formos contar as palavras, acharemos que é um versículo bem curto. No entanto, veremos que é um trecho de enorme significado. Leiamos Gálatas 4:19: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós.” [Almeida Revisada] Há uma pequena alteração que deve ser feita na tradução. A palavra “formado” deve ser traduzida “plenamente formado”. Portanto, o versículo deve ser escrito assim: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja plenamente formado em vós.”
Percebemos que toda esta batalha, em todos os seus aspectos, está concentrada nesse tema de Cristo ser plenamente formado em nós. Não é outra coisa senão o assunto da formação de Cristo em plenitude. Isso diz respeito a Cristo plenamente formado na vida de cada crente e a Cristo plenamente formado na igreja. Portanto, notamos que tudo aquilo que compartilhamos se concentra em uma questão. Cristo é o teste de todo homem e de todas as coisas. Cristo é o teste da igreja e das igrejas. Cristo é o teste de cada ensino.
A avaliação de que algo está certo ou errado se decide neste único ponto. Quanto de Cristo podemos encontrar nisso? Quanto do Espírito de Cristo se pode encontrar nisso? Podemos resumir todas as nossas questões e todos os nossos problemas nesse único ponto. Tudo sempre é uma questão de quanto do Espírito de Cristo eu posso encontrar nas pessoas, num ensino ou em outras coisas. Peço que vocês guardem muito bem o que estou dizendo, pois este é o fator decisivo. Este foi o fator decisivo nas igrejas da Galácia.
No versículo que acabamos de ler, o apóstolo não diz:
“sofro dores de parto por um sistema contra outro”.
“sofro dores de parto por um tipo de ensino em oposição a outro”.
“sofro dores de parto por uma forma de adoração contra outra”.
“sofro dores de parto por uma interpretação do significado da igreja e das igrejas em oposição a outra interpretação”
“sofro dores de parto pelo cristianismo contra o judaísmo”.
Ou, “sofro dores de parto pela espiritualidade contra o legalismo”.
Paulo nunca diz tais coisas, tanto em aspectos particulares como em geral.
Seu encargo era muito maior do que todas estas coisas. Ele afirma: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja plenamente formado em vós”. Já mencionamos anteriormente que o nome “Cristo” ocorre 43 vezes nesta epístola tão breve. Esse fato é, portanto, a chave de tudo.
Isso nos leva à maior coisa que já foi revelada por Deus ao homem e que está centrada em uma palavra nesta epístola. A palavra “filho” ou “filhos” ocorre seis vezes em Gálatas, sendo que o significado da filiação é a maior coisa que Deus já revelou ao homem. Paulo começou a carta com isso. Em Gl 1:15,16, ele diz: “Agradou a Deus revelar Seu Filho em mim”. Foi isto que ocasionou uma virada completa na vida de Paulo. Esse fato determinou a grande mudança nele e na presente dispensação.
A revelação de Jesus Cristo, o Filho de Deus, é o fundamento de tudo. Portanto, Paulo lança o fundamento dizendo: “Deus revelou Seu Filho em mim”. Em Gl 4:6 Paulo diz: “E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho...”. O Espírito Santo é o espírito de filiação no crente. O Espírito Santo é o Espírito do Filho de Deus. Portanto, a vinda do Espírito Santo para habitar no interior do crente faz dele potencialmente um Filho maduro de Deus.
Prestem atenção na palavra que o apóstolo utilizou: “meus filhinhos”. Se vocês puderem ler o original grego, notarão algo a respeito desta expressão. Paulo não diz “meus filhos crescidos”, nem mesmo chama os gálatas de “filhos”, mas emprega o termo “filhinhos”. Existem duas palavras no grego que são usadas para “filho”. Uma delas é esta que foi traduzida como “filhinhos”, que se refere a alguém ou algo que nasceu mas ainda não cresceu, ou seja, ainda é imaturo. Há uma outra palavra grega usada para “filho”, a qual se refere aos filhos que já cresceram.
Agora podemos perceber como a epístola aos Gálatas focaliza esta diferença. Paulo diz: “Ó gálatas insensatos!” Isso significa: “Vocês são como crianças tolas. Vocês nasceram, mas não cresceram. Vocês tiveram um bom começo, mas a formação de Cristo foi interrompida”. Então ele afirma que o Espírito Santo nos foi dado com a intenção de concretizar a plena formação de filhos.
Nesta carta, o apóstolo contrasta a antiga dispensação com a nova nesse ponto específico. Ele diz que na antiga dispensação Israel era apenas uma nação de criancinhas. Como fazemos quando desejamos ensinar crianças pequenas? Primeiramente temos que ensiná-las por meio de figuras e modelos. Todo o ensino tem que ser dado por meio de coisas externas a elas. As crianças aprendem pela apresentação das coisas a elas como objetos. Além disso, elas são ensinadas por meio de mandamentos: “Você deve fazer isso, mas não deve fazer aquilo; se você quer ser um bom menino ou uma boa menina, vai fazer o que estou mandando”. É assim que você trata com as crianças pequenas. O procedimento para com os adultos é justamente o oposto disso.
Um filho crescido não necessita que outros estejam sempre lhe dizendo o que deve fazer. Se um filho já amadureceu, seu pai não precisa ficar constantemente lhe dizendo: “Você tem que fazer isso e não pode fazer aquilo”. Um filho verdadeiramente crescido sabe em seu interior o que deve fazer e o que não deve fazer. Ele não necessita que as coisas lhe sejam apresentadas em quadros e figuras, pois ele próprio é capaz de discernir. Um filho que é realmente um filho sabe em si mesmo o que seu pai aprova e o que ele desaprova. Não é necessário que o pai fique dizendo dia após dia: “Meu filho, essa é a minha vontade”. Um verdadeiro filho sabe em seu coração o que agradaria a seu pai.
Trata-se de intuição e não de mandamento, e essa é a diferença. Portanto, a distinção entre a antiga dispensação e a nova se refere à inteligência espiritual. Afinal, esta é a diferença entre um filho pequeno e um filho maduro. A criança não possui a inteligência em si mesma. A inteligência está fora dela, em outras pessoas. Contudo, um homem maduro possui a inteligência em si mesmo. Este é o grande contraste que Paulo enfatiza na epístola aos Gálatas. Ele afirma: “Meus filhinhos, vocês carecem de inteligência. A verdadeira marca da maturidade, que é a inteligência espiritual, ainda não está em vocês”.
Existe uma outra diferença entre o filho pequeno e o filho maduro. O filho pequeno precisa que alguém faça tudo para ele. É necessário que façamos tudo para nossos pequeninos, sempre que eles precisarem. Providenciamos a comida, as roupas, a família, a casa e todas as demais coisas. O filho pequeno não provê nada para si mesmo.
O filho maduro é diferente. Ele é capaz de assumir responsabilidades e seu pai sabe que pode confiar nele. O pai não precisa estar constantemente preocupado em saber se o filho fará a coisa certa ou a coisa errada. Ele está descansado em relação a seu filho e diz: “Eu sei que posso confiar nele e dar-lhe responsabilidades, pois ele está capacitado para assumi-las”.
Ao longo da história de Israel no Antigo Testamento, podemos ver como eles eram irresponsáveis. Faça uma retrospectiva da história de Israel durante a peregrinação no deserto e nas épocas posteriores. Eles sempre precisavam que tudo lhes fosse providenciado. Eles sempre necessitavam que lhes dissessem o que deviam fazer e o que não deviam fazer. Isso é a lei registrada em tábuas de pedra e não em seus corações. Eles eram um povo muito irresponsável, de modo que nem o servo de Deus, nem o próprio Deus podiam confiar neles. Bastava deixá-los por si mesmos um dia e eles faziam tudo errado. Eles eram como cavalos, nos quais temos que colocar freios e cabrestos para que nos obedeçam. Sabemos que esta ilustração é usada nas Escrituras [Salmo 32:9]. Entretanto, o crescimento em Cristo é algo totalmente diferente disso.
Devido a habitação interior do Espírito, somos capazes de dizer: “Eu sei que estas pessoas são confiáveis. Eu sei que o Senhor está nelas. Eu sei que elas próprias sabem que o Senhor habita nelas. Por causa disso, posso confiar no Senhor que está nestas pessoas”. Acaso não desejamos que todos os crentes sejam assim? Pois nisso está a diferença entre os filhinhos e os filhos maduros.
Vejamos o que Paulo diz em Gálatas: “Porque sois filhos, o Espírito nos foi dado como o Espírito de filiação. Deus enviou o Espírito de Seu Filho aos nossos corações” (ver Gl 4:5,6). Paulo não está contradizendo a verdade da diferença entre filhinhos e filhos maduros. Ele está dizendo que ao recebermos o Espírito Santo, recebemos a filiação em potencial. Isso quer dizer que a partir de então, o Espírito Santo torna possível a plenitude de Cristo. Toda a plenitude de Cristo está no Espírito Santo que habita em nós. Contudo, temos diante de nós a seguinte pergunta: será que vamos continuar como crianças? Ou será que vamos viver no Espírito e crescer até sermos filhos plenamente maduros?
O apóstolo Paulo estabelece outro contraste nesta carta ao comparar filhos com escravos. Neste caso, ele não está enfatizando a relação entre Israel e o cristianismo, pois a ilustração é tomada da vida entre os gregos. No sistema grego, o escravo tomava o filho pequeno da família pela mão e o levava até o mestre que iria ensiná-lo. O escravo conduzia aquela criança em meio ao tráfego de pessoas na rua, passando até mesmo por lugares perigosos. Ele cuidava do menino e fazia tudo por ele. Ao chegar à escola, o escravo entregava o menino àquele que haveria de educá-lo. O filho era entregue às mãos daquele que haveria de dirigir sua educação espiritual.
Paulo nos diz que a lei era o escravo, cuja função era tomar-nos pela mão e conduzir-nos até Cristo. Como podemos ver, a lei relaciona-se com crianças pequenas. A lei provê tudo que é necessário para elas. O propósito da lei era levar-nos pela mão até o Espírito Santo, para que então o Espírito Santo nos conduzisse à filiação. Portanto, Paulo estabelece a diferença entre o escravo e o filho. O escravo faz tudo por nós externamente, mas o Espírito faz tudo em nós no interior. Por causa disso, Paulo coloca ênfase nesta expressão: “Até Cristo ser plenamente formado em vós”.
O caráter absoluto dessa nova dispensação é “Cristo em nós”. Isso nos leva de volta a Gálatas 2:20: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”. O Espírito Santo que habita em nós está conosco para capacitar-nos a entender as coisas do Senhor, ou seja, dar-nos inteligência espiritual sobre as coisas do Senhor.
Em outro lugar, o apóstolo afirma: “A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria” (Cl 3:16).[8] Antes que possamos ter a sabedoria, o entendimento espiritual, precisamos ter a Palavra habitando ricamente em nós. O fundamento da obra do Espírito Santo em nossas vidas é que a Palavra do Senhor esteja ricamente em nós. É imprescindível que tenhamos um conhecimento amplo e abrangente das Escrituras, pois isso é a base da obra do Espírito Santo. Ele nunca fará qualquer coisa à parte da Palavra de Deus.
Não tenho palavras para expressar a alegria que tenho por ter podido estudar a Bíblia extensivamente antes de enfrentar uma grande crise espiritual. Eu estudei a Bíblia sistematicamente do início ao fim. Em função disso, podia escrever num quadro negro um esquema e uma análise de cada livro da Bíblia, assim como podia dar palestras sobre eles. Contudo, foi necessário que eu tivesse uma crise espiritual muito real para que pudesse entender a Bíblia que eu conhecia tão bem em minha mente. Foi naquele momento que a Bíblia que eu conhecia tornou-se um livro vivo.
Você lembra do que aconteceu com os apóstolos no dia de Pentecostes. Eles eram judeus e conheciam muito bem as Escrituras dos judeus, ou seja, conheciam muito bem o que estava escrito no Antigo Testamento. Eles poderiam dizer-nos tudo que Moisés havia escrito. Eles também poderiam dizer-nos tudo que Davi havia escrito, assim como tudo que os profetas haviam escrito. Entretanto, no dia de Pentecostes sua Bíblia tornou-se viva. Eles herdaram de forma espiritual tudo o que haviam conhecido de forma mental. Todavia, o Espírito Santo não poderia ter feito Sua obra se eles não tivessem um fundamento na Palavra de Deus. Será que você lembra deste fato na Bíblia?
Você está lendo sua Bíblia de Gênesis a Apocalipse? Você está realmente estudando a Palavra de Deus? Seria possível dizer que a Palavra de Deus habita ricamente em você? Se sua resposta é positiva, então você possui o fundamento para a sabedoria e o entendimento espiritual.
Podemos perceber que esta era a diferença entre Jesus e os escribas. Sabemos que os escribas eram a autoridade quanto à Bíblia. Eles eram uma classe de pessoas que conhecia as Escrituras de memória. Eles sabiam de tudo que estava registrado no Antigo Testamento. Se alguém quisesse alguma explicação sobre alguma parte do Antigo Testamento, dirigia-se aos escribas, pois eles eram tidos como conhecedores das Escrituras. Quando Jesus falou às multidões, o veredito que foi dado ao Seu ensino era que Ele “ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas”. O povo reconhecia os escribas como autoridades, mas também dizia que Jesus ensinava com autoridade, coisa que os escribas não faziam. Qual era a diferença entre ambos? Jesus possuía entendimento espiritual das Escrituras, enquanto os escribas tinham apenas a letra das Escrituras. O apóstolo Paulo diz: “A letra mata, mas o Espírito vivifica”.
Voltemos para Gálatas 4:19, pois este versículo concentra todo o assunto que estamos abordando. Qual era o objetivo pelo qual Paulo estava se empenhando? Qual era o propósito pelo qual ele havia dado sua vida? Por que Paulo estava sofrendo? O que havia com os gálatas que estava perturbando tanto o apóstolo?
Quando ele usa o termo “de novo”, se refere a um fato que ocorre pela segunda vez. É como se Paulo dissesse: “Eu tive dores de parto pelo novo nascimento de vocês. Custou-me muito sofrimento e dor ver vocês realmente nascidos de novo. Era muito importante para mim ver que Cristo estava plantado em seus corações. O novo nascimento de vocês implicou em dores de parto para mim. Entretanto, agora estou tendo que passar por tudo de novo. Meu objetivo real não era apenas que Cristo estivesse em vocês, mas que Ele fosse plenamente formado em vocês. Dessa forma, Cristo cresceria em vocês e vocês cresceriam em Cristo. Mas vocês estão colocando mais ensino no lugar de Cristo, colocando a lei no lugar de Cristo e estabelecendo um sistema legal no lugar de Cristo. Tudo isso me deixa em agonia”.
Apliquemos isso a nós mesmos. Se de algum modo estamos sofrendo, qual é a razão disso? Se temos inimigos que estão contra nós, tal como Paulo, qual é a razão disso? Qual é a natureza de nosso sofrimento? Será por alguma razão pessoal que nossos inimigos estão contra nós? Será que seu antagonismo se deve a alguma obra pela qual somos zelosos? Será que tudo se deve a uma posição que nos interessa manter? Estaremos sofrendo porque existem pessoas que estão contra a congregação onde nos reunimos e contra nossa maneira de andar? Será que algum desses motivos mencionados é a razão de nosso sofrimento? Peço ao Senhor que nos livre, caso a oposição contra nós venha disso.
A única razão verdadeira para qualquer sofrimento espiritual é que Cristo esteja sendo impedido de expressar-se. Isso ocorre quando vemos coisas que limitam ao Senhor. Tratam-se de coisas que desonram ao Senhor e que irão resultar em limitação espiritual. Tais coisas se opõem ao crescimento de Cristo em nós. Todo o nosso sofrimento deve ser em função do Senhor Jesus e por nenhuma outra coisa mais. “Até Cristo ser plenamente formado.” Está é a última palavra que eu gostaria de deixar com vocês.
Todos nós passamos por problemas e podemos identificar a causa de boa parte deles. Contudo, gostaria de retomar nosso ponto focal: estamos sofrendo dores por causa de coisas? Ou será que estamos sofrendo pela formação plena de Cristo? O sofrimento em nossos corações está relacionado ao crescimento do Senhor Jesus? Estará tudo relacionado ao desejo de que Ele tenha a primazia que Lhe é devida? Estará tudo ligado ao propósito de que Ele seja plenamente formado em nós? Já experimentamos verdadeiramente esse tipo de dores de parto? Não se trata de dores sofridas por alguma coisa, mas dores de parto em favor de Cristo.
Se vocês estão sofrendo de alguma forma (e deveriam estar sofrendo), gostaria de perguntar-lhes: qual é o motivo do seu sofrimento? Ele é fruto de uma preocupação genuína pela honra e pela glória do Senhor Jesus? Ele é fruto do desejo que, em cada um de nossos irmãos, desde as crianças e jovens até os adultos, Cristo possa ter a Sua plenitude? Estamos sofrendo dores de parto por causa disso?
Tudo aquilo que compartilhamos está relacionado a estes contrastes: legalismo e espiritualidade, judaísmo e cristianismo, além de todas as outras diferenças que mencionamos. Todas elas apontam para esta única questão: a plena formação de Cristo em nós. Em que medida o legalismo limita o crescimento de Cristo em nós? Em que medida nossas técnicas são impedimentos ao caminho de Cristo? Todas estas coisas estão em referência a Cristo.
Portanto, deixo esta questão com vocês. Ao fazer isso, a única coisa que desejo levar como certeza é que preguei a Cristo para vocês. Não estive apenas dando ensinamentos bíblicos. Também não tentei colocá-los na técnica correta da igreja. Estive mantendo Cristo sempre no primeiro plano e dizendo-lhes que o assunto de suprema importância para conosco é Cristo plenamente formado em nós.
Em consonância com o desejo de T. Austin-Sparks de que aquilo que foi recebido de graça seja dado de graça, seus escritos não possuem copirraite. Portanto, você está livre para usá-los como desejar. Contudo, nós solicitamos que, se você desejar compartilhar escritos deste site com outros, por favor ofereça-os livremente - livres de mudanças, livres de custos e livres de direitos autorais.