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A Administração Do Mistério - Volume 1

por T. Austin-Sparks

Capítulo 8 – O Homem Celestial como Fonte e Esfera da Unidade Corporativa

Ler: Efé. 4:1–16,30–32; Sal. 133.


Temos aqui um salmo que, por um lado, apresenta uma imperfeita e parcial entrada no espírito da benção da qual ele fala, e, de outro lado, uma profecia; um tipo e profecia de uma benção plena que está por vir, e um gozo presente, porém imperfeito, do significado da benção. Como tipo e profecia da benção plena vindoura, ele indica a base da benção, e os seus maravilhosos elementos beneficentes. Leia a parte anterior do salmo e você verá imediatamente qual é esta base: “...lá o Senhor ordena a benção, e vida para sempre”. Onde a benção foi concedida? “Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” Entre o primeiro e os últimos versículos, a beneficente influência e efeito da benção é vista, benção esta que está baseada em duas coisas. Uma delas nos é trazida no salmo anterior. Você irá reconhecê-los como os “cântico dos degraus”. Isto, novamente, fala do gozo parcial do significado da benção. O povo está subindo para Sião; está em caravana, em procissão, vindo de lugares distantes com os olhos e corações voltados para Sião, em expectativa, em esperança; Sião é a cidade das solenidades deste povo; Sião, a alegria de toda a terra; Sião, o centro unificador da vida deles; Sião nos caminhos onde eles estavam, mas também no coração deles - “...em cujos corações estão os altos caminhos de Sião” (sal. 84:5).

O Centro Unificador

Você vê que Sião está lá como um grande fator unificador. Pessoas de todas as direções vindo em procissão. Algumas se juntaram à caravana em vários lugares, à medida que ela se movia de seu ponto mais distante, e descobrem que, apesar de não terem se conhecido antes na terra; embora tenham entrado em contato uns com os outros pela primeira vez em suas vidas; embora os seus caminhos possam estar tão distantes na vida ordinária, e sua esfera de vida e serviço estejam divididas e separadas, Sião faz deles uma unidade. Imediatamente os pensamentos de Sião estão em seus corações; imediatamente eles pensam em Sião e se movem em sua direção, toda dispersão, separação e divisão é removida, e eles se tornam um único homem. Sião os une.
Agora vamos observar o que nos é trazido anteriormente no salmo 132.

“Certamente que não entrarei na tenda de minha casa, nem subirei à minha cama, não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras, não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras, enquanto não achar lugar para o Senhor, uma morada para o poderoso Deus de Jacó. Eis que ouvimos falar dela em Efrata, e a achamos no campo do bosque. Entraremos nos seus tabernáculos; prostrar-nos-emos ante o escabelo de seus pés. Levanta-te, Senhor, ao teu repouso, tu e a arca da tua força. Este é o meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o desejei. Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados” (Salmo 132:3–8,14,15).

O primeiro fator na base da benção é a satisfação de Deus; é Deus encontrando Sua satisfação: “Levanta-te, ó Deus, para o teu lugar de repouso...” Aqui temos nós o Senhor vindo descansar em Sua casa. Isto não é para ser interpretado de forma literal. Significa o Senhor tendo um lugar de perfeita satisfação, tendo as coisas conforme a Sua própria vontade, conforme o Seu próprio coração; significa o Senhor encontrando aquilo que sempre esteve procurando: “Este é o lugar do meu repouso para sempre...” O Senhor tem se provido daquilo que responde ao desejo do Seu próprio coração, e, por isso é possível dizer a Ele: “Levanta-te, ó Senhor, para o teu lugar de repouso...”

A preocupação de Davi era, primeiramente, que o Senhor ficasse satisfeito. Você irá perceber, a partir da passagem que citamos, que ele rejeita tudo aquilo que é particularmente seu. Com Davi o Senhor tem o primeiro lugar.

Cristo — Deus de Todos, e Nosso

Transportemos isto para o Novo Testamento, para uma interpretação, pois é lá que iremos encontrar o seu significado espiritual. Estamos meditando em “TODAS AS COISAS EM CRISTO”, e, entre estas coisas, e não menos importante, está a satisfação de Deus, a vinda dele ao descanso em Seu tabernáculo. É isto que estava em vista quando o Espírito, descendo em forma de pomba, pousou sobre o Senhor Jesus. A pomba retornando ao seu descanso na arca tipificava o Espírito vindo ao Seu descanso em Cristo, a satisfação de Deus: “este é o meu amado, em quem me comprazo” (Mat. 3:17). Encontrei o lugar do meu descanso; estou perfeitamente satisfeito; aqui eu satisfaço todo o meu desejo. Então, o Espírito em forma de pomba, o símbolo da paz e do descanso, pousou sobre Ele. O Senhor Jesus responde a todos os desejos do coração de Deus, e nele Deus entra em Seu descanso.

Quando você e eu colocamos de lado todos os nossos interesses pessoais, e focamos e concentramos toda a nossa atenção no Senhor Jesus, de modo que Ele tenha o primeiro lugar, tenha tudo, nós, então, providenciamos um lugar de descanso para Ele em nossas vidas, e pavimentamos, assim, o caminho para a benção. “Lá o Senhor ordena a benção....” Onde? Primeiramente, onde Ele encontrar o Seu lugar de descanso, de Sua satisfação, de Sua alegria. O Senhor não nos abençoa em nosso próprio homem natural. Deus não abençoa a minha carne, nem a sua. A benção de Deus vem sobre o Seu Filho em nós: “...a unção que recebestes dele permanece em vós...” (1 João 2:27). Lembre-se de que a benção do Senhor, a unção, o óleo precioso, está sobre a Cabeça. Ela escorre até nós somente a partir da Cabeça, por meio dela, e é quando Cristo, por meio de Seu Espírito, vem para descansar em nós, que a benção repousa lá. A benção repousa sobre Ele em nós, e é por isto que ela habita em nós. Graças a Deus, que ela habita em nós. Isto, se nós realmente reconhecermos, é uma das maiores bençãos da nossa vida em união com o Senhor. Nós, em nós mesmos, não permanecemos nem por cinco minutos! Somos tão mutáveis quanto o tempo. Pela manhã podemos estar de um jeito, e pela tarde, de outro, e à noite, de outro completamente diferente. Podemos ser vários tipos diferentes de pessoas durante o espaço de uma semana. Em determinado momento nos sentimos esplêndidos, espiritualmente falando, e pensamos que jamais iremos cair novamente, mas não demora muito e já estamos lá em baixo. Variamos desta maneira; familiarizamo-nos com cada movimento que esta vida humana é capaz de conhecer. Se vivermos nesta vida da alma, de mudanças constantes de humor, oh, que vida miserável será. Mas a unção que recebestes permanece em vós. Por que isto? Porque ela permanece nele, não em nós, e Ele é “o mesmo ontem, hoje e sempre”. Não há mudança da parte do Senhor Jesus em nós. Nele não há variação, nem sombra de mudança. Oh, as mudanças varrem as nossas vidas por causa da variação desta vida humana; mas Ele é sempre o mesmo em nós. Nosso humor pode variar mil vezes, mas Ele nunca muda, é sempre o mesmo. A Unção permanece nele em nós. Oh, vivamos em Cristo, vivamos na Unção, vivamos neste fato invariável de Deus em Cristo, imutável. Ele não nos ama pela manhã e se volta contra nós à tarde. Embora possamos achar que sim, este não é o caso. “Eu te amei com amor eterno”. O nosso humor nos levaria a concluir que o Senhor nos ama hoje, mas que amanhã se voltará contra nós; que hoje o Senhor está conosco, mas que amanhã irá nos deixar. Esta é a nossa enfermidade. Isto é de nós mesmos e não do Senhor. O Senhor não é desta maneira. O Senhor não é o nosso humor, nossos sentimentos, nossas sensações, ou nossa falta de sensações. O Senhor é sempre o mesmo, o mesmo Deus fiel, imutável, e a unção permanece. Ela não vem e vai. Ela não levanta e cai. Ela não entra e sai, não sobe e desce, um dia está de um jeito, e outro dia, de outro; ela permanece.

O gozo disto só é possível quando Cristo for o ponto focal de nossas vidas. Deus vem descansar em Seu Filho, e encontra a sua satisfação ali. Você precisa ir lá, a fim de encontrar o descanso de Deus; a benção está lá. Deus ordena a benção no lugar do seu repouso, isto é, no Senhor Jesus. Mas, então, Cristo está em você: “…Tu e a arca da tua força”. Isto é Cristo em vós, a esperança da glória.

Cristo como Descanso de Deus no Coração

Assim, o primeiro aspecto da base da benção é este do nosso conhecimento a respeito do descanso de Deus em Seu Filho, Jesus Cristo, em nossas próprias vidas. Ele mesmo colocou isto numa linguagem que tinha que ser mais ou menos simbólica, ou parabólica. “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mat. 11:29). “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei” (verso 28). Sabemos o que isto quer dizer no espírito. Quando éramos crianças, podíamos ter pensado tratar-se de uma palavra direcionada a homens trabalhadores nas labutas da vida, mas chegamos a conhecer que esta labuta e este estar sobrecarregado tem a ver principalmente com estas nossas variações de humor. Nós estamos labutando contra a correnteza, contra a maré, contra a tensão da nossa própria instabilidade, da nossa própria incerteza, das nossas freqüentes dúvidas e questionamentos, dos nossos sentimentos: e é uma labuta quando você vive neste terreno! O Senhor Jesus diz: “...Eu te darei descanso”. Como Ele fará isto? Ele irá entrar e fazer morada em você e será o centro da mais profunda satisfação, e você não terá mais questão alguma. Está você se estressando e lutando, questionando se o Senhor está satisfeito com você? Seria melhor você parar com isto, porque Ele jamais estará satisfeito com você. Se você está procurando e desejando por este dia em que o Senhor irá ficar completamente satisfeito com você, então você está procurando por um dia muito distante. Se você está desejando que algum dia Deus irá ficar muito satisfeito com você, e que, então, você irá ficar muito feliz, este dia nunca chegará. O que precisamos compreender – e é uma verdade muito repetida, contudo ainda não compreendida o suficiente em nossos corações – é que Deus jamais ficará satisfeito conosco em nós mesmos, mas Ele já está perfeitamente satisfeito com o Seu Filho, o qual Ele nos tem dado para morar em nossos corações, e que é o centro da Sua satisfação, e nós somos aceitos no Amado. Então, a benção vem. Vemos como a benção opera.

Habitando Juntos em Unidade

Agora chegamos ao segundo aspecto da base da benção.
“Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Sal. 133:1).
Vimos isto na ilustração, a prefiguração, isto é, de Sião unindo todos os corações, tornando todos um, removendo tudo aquilo que é pessoal, tudo aquilo que é seccional. Agora, quando o coração está centrado no Senhor Jesus, temos o maior e mais dinâmico poder contra a divisão, contra a separação, contra tudo o que nos mantém separados, e, quando o Senhor Jesus é o nosso objetivo central e supremo, e quando é na direção dele que o nosso coração se volta, então alcançamos a unidade. Você não pode ter interesses pessoais e ao mesmo tempo cuidar dos interesses do Senhor. Davi deixa isto muito claro. “o tabernáculo da minha casa”; se considerarmos isto, então não iremos estabelecer uma casa para o Senhor; caso contrário, não iremos encontrar um lugar de descanso para Ele. Se eu estiver buscando satisfazer o meu desejo, dando sono aos meus olhos, e repouso às minhas pálpebras, então, os interesses do Senhor ficarão em segundo lugar. Mas quando eu me ponho de lado, com tudo aquilo que é pessoal, e me mantenho centrado no Senhor, e, quando todos os demais também fazem o mesmo, encontraremos um centro unificador em Cristo. É isto o que significa viver em união.

Agora, efésios quatro é a grande exposição do Novo Testamento do salmo 133: “Há um só corpo...” Leia a passagem sem as palavras em itálico: “...procurando guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz... um só corpo e um só Espírito ... um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus, e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos”. (versos 3-6). Unidade em Cristo é o que está retratado. Como é alcançada esta perfeita unidade? Deixando de lado tudo o que é pessoal, sendo o Senhor o centro focal, e aplicando toda diligência em se manter esta unidade; mantendo fora todos os interesses pessoais, e Cristo e Seus interesses sempre à vista: “...até que cheguemos todos à unidade da fé, e ao pleno conhecimento do Filho de Deus, à estatura de varão perfeito...” (verso 13). Viver em unidade é o resultado de Cristo ser o único e central objetivo de todos os nossos interesses. Isto não é algo visionário, imaginativo, meramente idealístico; é algo muito prático. Você e eu iremos descobrir que há elementos de divisão operantes, coisas que se arrastam no meio de nós, a fim de nos manter separados. O inimigo está sempre buscando fazer isto, e as coisas que se levantam para se por no meio do povo de Deus e erguer uma barreira são incontáveis; uma sensação de tensão e de distância, por exemplo, de discórdia e de falta de relacionamento. Algumas vezes são mais do tipo abstrato; isto é, você não consegue colocar a mão sobre elas e explicá-las, e dizer o que são; é apenas uma sensação de algo. Às vezes é mais positivo, uma distinta e definida falta de compreensão, uma má interpretação de algo dito ou feito, algo de que se lança mão, e, naturalmente, sempre maximizado pelo inimigo.

Como este tipo de coisa deve ser tratado, a fim de se manter a unidade do Espírito? Exatamente sobre esta base apenas, quando dizemos: ‘Este não é o interesse do Senhor; isto jamais poderá ter valor para o Senhor; isto jamais poderá ser para sua glória e satisfação; isto apenas pode significar agravo ao Senhor’. O que eu possa sentir na questão não é a consideração vital. Eu posso até ser a parte prejudicada, mas, será que vou me sentir lesado e ferido? Será que vou me apegar à minha dignidade? Será que vou me fechar em mim mesmo e ir embora, porque fui prejudicado? É desta maneira que a natureza agiria, mas devo tomar a seguinte atitude: ‘O Senhor é quem vai perder, o nome do Senhor é que vai sofrer, o interesse do Senhor está envolvido nisto; preciso superar isto; tirar o máximo proveito; preciso ignorar isto e não permitir que ele afete a minha atitude, a minha conduta, os meus sentimentos em relação a este ou àquele irmão!’ Precisa haver a rejeição disto que sentimos e, até mesmo dos nossos direitos em favor da causa do Senhor, precisa haver um combate contra este esforço do inimigo de ferir o testemunho do Senhor. É isto que significa se esforçar para manter a unidade. Este é o poder da vitória contra a divisão, e é vitória em favor da unidade, e aí o Senhor ordena a benção. Este é o caminho da vida eterna. O outro caminho é manifestadamente o caminho da morte, e é isto que o inimigo procura. Até que esta diferença seja sanada, tudo é morte, tudo fica seco e enferrujado. A vida é através da unidade, e a unidade somente poderá ser adequadamente encontrada quando Cristo estiver em Seu lugar, como sendo alguém por quem nós abrimos mão de tudo o que é pessoal. Não podemos fazer isto por mais ninguém. Nunca podemos fazer isto por causa da pessoa em questão. Fazemos por causa do Senhor, e o inimigo é derrotado. Aí o Senhor ordena a benção.
Este, então, é o duplo aspecto da base da benção. Primeiro, a base da satisfação e do repouso de Deus precisa igualmente ser a nossa, isto é, o Filho; e, segundo, devemos viver em união.

Tome a grande ilustração no segundo capítulo do livro de atos. Aqui está a maior exibição da operação desta verdade que o mundo jamais viu. “Mas Pedro, pondo-se em pé com os onze...” Aí estão os irmãos em unidade! O Senhor também entrou em Seu descanso. Pela cruz o Pai encontrou a Sua satisfação no Filho; o Senhor entrou no Seu tabernáculo celestial. Tudo é descanso agora no céu: Deus está satisfeito, a obra de reconciliação foi realizada no sangue da cruz, foi feita a paz, e Deus entrou em Seu descanso na perfeita obra da redenção. Agora os olhos de todos os apóstolos estão fitos no Senhor Jesus; e, quando eles se colocam de pé, é Ele quem é plenamente visto. Pedro deixou todas aquelas coisas pessoais para trás. Eles deixaram todas as coisas pessoais, e o único objetivo deles é Cristo. Ao se colocarem em pé agora, o testemunho deles é todo para Cristo; eles são um, estão unidos nele; então o Senhor ordena a benção, e vida para sempre; e tal benção é como o precioso óleo que desce da cabeça para a gola das vestes.

A figura está perfeita. Há a Cabeça, o Senhor Jesus, e o Pai ordena a benção derramando do Seu Espírito eterno sobre a Cabeça. Agora, todos os membros estão sujeitos a ela, centrados nela, mantidos juntos nela, e a benção escorre para a gola das suas vestes, e é “...como o orvalho de Hermon que desce pelos montes de Sião...” Este é o efeito da benção, este é o efeito de vida para sempre. O que é o orvalho do Hermon? Se você vivesse naquele país, saberia o valor do orvalho do Hermon. É uma terra seca e cansada, com tudo seco e se tornando estéril, e, então, o orvalho do Hermon desce e tudo revive, tudo se torna refrescante, tudo levanta sua cabeça e ganha vida novamente. É o fruto beneficente da benção; vida, frescor, esperança, reviver, frutificação. Lá o Senhor ordenava a benção.

Você entende o caminho da vida, da frutificação, do reviver, do frescor, da benção? Duas coisas são básicas. São elas a nossa chegada ao lugar do repouso de Deus em Seu Filho e o nosso abrir mão de tudo aquilo que é nosso em prol dos interesses do Filho, descobrindo o nosso tudo nele. Assim somos levados juntos por este amor mútuo ao Senhor. Oh, que possamos ter mais desta expressão. Penso que é por isto que o Senhor está trazendo esta questão diante de nós; não para que a mensagem seja meramente como um prospecto abençoado, uma palavra que soe bem e que nos dê certa porção de ânimo enquanto está sendo falada, mas para que seja um forte chamado do Senhor. Queremos a benção? Queremos vida eterna, vida mais que abundante? Queremos frescor, frutificação, revigoramento e ânimo? Queremos que as outras pessoas obtenham a benção através de nós? Olhe para o Pentecoste. O Pentecoste é a exteriorização do salmo cento e trinta e três; pois lá os irmãos viviam em união, centrados no Senhor, e o Senhor ordenava a benção.
Não há nada de muito profundo nisto, mas nem por isto é menos importante. É ainda outra maneira de se trazer o Senhor Jesus à vista, de mostrá-lo como o centro, como supremo. Mas, oh, isto é um chamado do Senhor aos nossos corações. O caminho da frutificação, da benção, do frescor, da alegria é este sob a benção de Deus, porque temos encontrado o nosso descanso onde Ele encontrou o dele, no Senhor Jesus; porque o objetivo dos nossos corações, pelo qual temos largado mão de todos os interesses menores, todos os interesses pessoais, é o mesmo de Deus, e também do Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Lá o Senhor ordena a benção, e vida para sempre.
Que Ele possa realizar isto em nós. Oh, que possa ser dito nos dias futuros como nunca fora dito até agora “...lá o Senhor ordena a benção, e vida para sempre”, por causa dessas duas grandes realidades, ambas centradas no Senhor Jesus.

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