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Os Despojos da Batalha (1933)

por T. Austin-Sparks

Primeiramente publicado na revista "A Witness and A Testimony", em Nov-Dez 1933, Vol. 11-6. Origem: "The Spoil of Battle". (Traduzido por Maria P. Ewald)

Leitura: 1Cr 26:27

Percebemos que o Senhor edifica Sua Casa com o fruto dos nossos conflitos, nossas batalhas. Foi assim que aconteceu com o templo, conforme vemos na história de Davi e Salomão. Ao final de sua edificação, o templo foi um monumento à vitória universal, declarando triunfo à sua direita e à sua esquerda. A prata, o ouro e todas as coisas preciosas que o constituíram foram conquistadas em batalhas e moldadas na Casa de Deus. Essa ilustração do Velho Testamento ainda é uma verdade na realidade do Novo Testamento. O Filho de Davi, maior que Salomão, Aquele que aqui está, edifica a Casa com os despojos de Sua própria guerra e da guerra dos Seus santos.

Fiquei impressionado ao perceber, no primeiro livro de Crônicas, no capítulo 17, verso 9, que o Senhor falou a Davi: “Prepararei lugar para o meu povo de Israel e o plantarei para que habite no seu lugar e não mais seja perturbado; e jamais os filhos da perversidade o oprimam, como dantes, desde o dia em que mandei houvesse juízes sobre o meu povo de Israel; porém abati todos os teus inimigos”. O Senhor se referiu aos juízes de Israel, que Ele levantou para realizar aquilo que Israel tinha falhado em fazer sob a direção de Josué. Sob a liderança de Josué, o povo foi ordenado pelo Senhor a destruir totalmente todas as nações da terra de Canaã, e subjugar completamente cada inimigo, mas eles falharam nessa tarefa. Eles permitiram que os inimigos permanecessem, fizeram concessões, e o Senhor levantou os juízes para salva-los das terríveis consequências dessa obra incompleta. Mas, os juízes falharam, e o livro de Juízes é um triste relato de como essa obra ainda continuou incompleta. Mais uma vez, a obra não foi realizada perfeitamente. É muito interessante e esclarecedor perceber em 1 Crônicas 18 e 19, que quando o Senhor falou a Davi sobre a edificação do Templo, ele se determinou a derrotar todas aquelas nações que os juízes não tinham vencido. Leia esses capítulos e encontrará uma lista com todas as nações e povos mencionados no Livro de Juízes. Então Davi - ao ver a Casa de Deus - parece ter sido levado instintivamente pelo Espírito de Deus a perceber que a Casa nunca poderia ser levantada enquanto esses inimigos não tivessem sido subjugados, e fossem inteiramente derrubados. Dessa forma, o Senhor cumpriu Sua palavra de subjugar todos os inimigos e lidar com todas essas nações. Quando o Senhor deu a Davi vitória de todos os lados, então ele entregou o plano a Salomão para seguir em frente na edificação da Casa, e os despojos dessas batalhas foram o material nessa obra. O inimigo tinha os recursos para a Casa de Deus, e o inimigo deveria ser despojado para que a casa fosse edificada. Essa é uma longa história, e pode ser muito esclarecedora. Gostaria de reduzir isso a pequenas palavras, ainda assim, isto vai nos conceder muito material para futura ajuda e contemplação.

O Prédio Duplo

Temos dois aspectos da edificação da Casa de Deus. Nós tendemos a dar maior valor a um deles do que ao outro. Temos o aspecto numérico. Quando nós pensamos na edificação da Casa de Deus, pensamos no ajuntamento de almas por meio da salvação e de sua condução à verdade. Assim, nós só pensamos na edificação da casa do Senhor no sentido referido por Pedro: “vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual” (1Pe 2:5), que é o lado numérico, o ajuntamento de pedras individuais e a sua colocação em seus lugares no edifício espiritual. Bem, esse é um lado verdadeiro da edificação da Casa do Senhor, mas é apenas um dos lados, e é apenas metade da verdade. Há um outro lado também importante, sem o qual isso seria totalmente inadequado, que é o lado espiritual e moral da edificação da Casa de Deus. Podemos ter um grande número de indivíduos salvos, e ainda falhar em obter o sentido mais verdadeiro da Casa de Deus. Podemos ter uma congregação, sem possuir uma igreja. Podemos ter números, não tendo espiritualmente a Casa de Deus. A Casa de Deus não é algo numérico, mas espiritual e moral, com um caráter que é o que a torna, em sua essência, a Casa de Deus. Ela toma o caráter do seu Cabeça e finalmente, em sua consumação, será reconhecida – não como uma grande multidão de almas apenas salvas – mas algo que expressa o caráter do Cabeça, do Senhor Jesus. O tempo vem quando o Senhor gravará Seu Nome sobre os Seus, ou seja, iremos receber uma pedra branca e nela haverá um novo nome. Teremos então um novo nome e seremos chamados pelo Seu Nome - o teremos escrito na nossa fronte. Essa é uma linguagem simbólica, mas o seu significado é: o Senhor Jesus vai ser tão grandemente manifestado nos Seus, que a medida que você os vê dirá: “Isto é Jesus”. “Isto é o Senhor Jesus”, e reconhecerá tanto dEle, Ele estará tão em evidência, que simplesmente dirá: “Isto é o Senhor Jesus”. Então, Ele será universalmente revelado através dos Seus, e Seu Nome é Seu Caráter. Aquilo que Seu Nome encarna espiritual e moralmente estará sobre eles, quando haverá uma demonstração universal do caráter e natureza do Senhor Jesus. Isto não vai dispensar a necessidade de Sua manifestação pessoal individual, mas Seu povo será um canal da Sua própria expressão universal.

Caráter Através do Conflito

A construção da Casa de Deus, portanto, não é um ajuntamento de pessoas, mas uma construção espiritual e moral. Mas esse lado só pode ser desenvolvido por meio do conflito. A economia Divina é ordenada de tal maneira que, apesar do Senhor Jesus ter em Si Mesmo o triunfo universal sobre todos o Seus inimigos, esses inimigos ainda são deixados aqui para lidarmos com eles. O Senhor não lançou nossos inimigos para fora do universo, apesar de Nele mesmo, Ele já ter triunfado. Ele deixou o inimigo aqui para que possamos aplicar Seu triunfo, e é assim que nós obtemos o nosso desenvolvimento moral e espiritual. É no conflito, na batalha, no combate espiritual sinistro e terrível, que as excelências morais do nosso triunfante Cabeça são manifestadas em nós. Nós triunfamos em Sua vitória. Nós sabemos, no entanto, que a fé é tão testada no conflito, tão profundamente provada na batalha, que isso é algo mais do que apenas, objetivamente, tomar posse ou crer em algo, em Cristo. O próprio exercício da fé traz do Senhor, para dentro de nossas almas, a força da Sua vitória, para que tenhamos unidade moral com Ele e com Seu triunfo por meio da provação da fé. Essa prova é tão sinistra e terrível, que nada que não for dEle em nós será suficiente para nos levar adiante. Isso deverá ser forjado na substância do nosso ser, e ocorrerá através do conflito, por meio do qual a fé será extraída. Assim, espiritual e moralmente, nós edificamos através do conflito, da adversidade, que são Divina e soberanamente ordenados em nossas vidas.

O lado moral das coisas é o que deriva do exercício da fé no valor da vitória do Calvário. Uma coisa é apropriar-se teoricamente da vitória do Calvário e dizer em uma hora de emergência: "Tomo posse a vitória do Calvário!". Mas normalmente, apesar de nada acontecer de imediato ao tomarmos uma posição como essa, nos sentimos chamados a ficar firmes, permanecer e, durante o tempo em que estamos sendo demandados pelo Senhor para permanecer firmes, nossa fé está sendo testada. Nesse momento, a vitória do Calvário está deixando de ser algo apropriado objetivamente, mas está sendo estabelecida em nosso interior. Enfim, a vitória estará em nós, e estará no Senhor. Isso se tornou uma qualidade moral em nosso ser, e da próxima vez que formos testados, não tentaremos mais tomar posse de algo, já estará lá, terá estabelecido raízes em nós, porque algo foi feito. Terá se tornando parte de nós.

A Batalha pela Revelação

Isso pode ser abordado de várias formas, direções e conexões. Obtemos uma revelação, um ensino do Senhor em relação à verdade, os céus são abertos para vermos a verdade Divina como nunca vimos antes. Talvez isso seja uma coisa nova, ou talvez seja uma nova luz sobre uma coisa antiga. De qualquer forma, é uma nova revelação, e ela vem a nós com todo o frescor, alegria, inspiração, e toda a enlevação da abertura dos céus. Por um tempo nos deliciamos nisso e nos banhamos nessa revelação. Não temos nada mais a dizer até chegarmos a um terrível conflito em relação a ela. Parece que sua primeira glória se foi, e nos encontramos com todo tipo de questionamento a respeito. Estamos frios, mortos, em trevas. Tudo se perdeu, e olhando para aquela revelação sob a ótica da experiência, questionamos se realmente estávamos certos. Que criaturas estranhas somos nós! Coisas tremendas que recebemos em nossa experiência, nas circunstâncias descritas acima passam a ser questionadas, duvidamos de sua realidade. Às vezes nós simplesmente tomamos posse de algo e caminhamos com base nisso por um tempo, enquanto houver um frescor sobre essa revelação, e esse foi o próprio ímpeto que nos conduziu adiante. Mas, agora tudo é irreal, e nós entramos num período de conflito pela verdade que o Senhor nos concedeu. Naquele momento de conflito nós somos sondados, nossos corações são contemplados, e somos provados. Vamos nos lembrar de José: “Até cumprir-se a profecia a respeito dele, e tê-lo provado a palavra do Senhor” [Sl 105:19]. A Palavra do Senhor provou José, e nós precisamos passar pelas próprias coisas sobre as quais nós estivemos falando e crendo, e precisaremos passar por todo tipo de questionamento a respeito.

A Palavra do Senhor nos prova. Mas é nesse conflito que os elementos espirituais e morais serão desenvolvidos, e os recursos serão trazidos. O conflito garante o despojo para futura edificação. Então nos voltamos novamente para aquela revelação, mas não apenas para o campo original em que nos apropriamos daquela verdade, mas em outro muito mais elevado. A partir de então, teremos uma apreensão muito mais profunda e forte daquela verdade, de forma que ela representará mais para nós do que antes, porque nós fomos levados para o combate com ela, e voltamos com o despojo para edificar. Agora foram adicionados fatores celestiais ela, e alguma coisa foi introduzida na verdade original, por meio do conflito, dando à revelação um valor adicional: é o poder da ressurreição. A verdade vem de Deus, com toda sua glória, beleza e força, e nós nos regozijarmos nessa luz por um tempo, até que somos conduzidos à morte com esta própria luz. Entretanto, na batalha, no conflito, na morte, ao sermos sondados, provados, testados, revelados, é que seremos levados ao ponto em que aquilo se tornará a nossa própria vida. A partir daí, o poder da ressurreição começa a operar e nós, teremos a revelação mais forte do que nunca, e com a adição de despojos para a edificação. Agora conheceremos ainda mais o valor dessa revelação, porque nós nunca havíamos passado por um conflito com ela, nunca tínhamos testado esse armamento, essa espada. Mas algo de valor foi acrescentado a ela, e nós nunca soubemos disso até ter entrado no conflito. Isso acontece com a revelação. Vemos muitas pessoas obtendo revelação, a abraçando, e só falando a esse respeito. Nós ficamos muitos felizes quando as pessoas fazem isso, mas dizemos: “É, em breve eles serão provados, essa revelação vai testa-los”. Então, eles passam por um período de conflito e terríveis trevas, ficando cheios de questionamentos a respeito, se aquilo é verdadeiro e correto, e então o Senhor começa a estabelecer a revelação dentro deles. Aquela revelação era algo bem amplo em termos de abrangência e, em um certo sentido, era algo objetivo. Mas, agora, o Senhor está plantando a revelação em nós, e nós na revelação. Iremos passar por tudo isso e dizer: “Antes, aquilo era algo dado a mim, mas pertencia a outro, agora é meu”, e então iremos começar a edificar com o despojo do conflito.

A Batalha pela Vocação

Da mesma forma como acontece com a visão, acontece também em relação ao propósito. O Senhor dá a visão de Sua intenção, Seu propósito no qual está nos chamando como Seus servos, e a visão nos atrai, o propósito nos prende, e à medida que o tempo passa, nós não temos mais nada no que pensar ou falar senão o propósito pelo qual fomos chamados, todo esse sentido da vocação e serviço nos governam; nós obtivemos a visão. Bem, seguimos em frente por um tempo pelo ímpeto dessa visão, e então parece que a visão falha, ou nós entramos em uma esfera de conflitos em relação a ela, uma batalha furiosa que parece levá-la à morte. Nós passamos através de uma profunda e escura experiência, na qual a pergunta que vem a tona é: “Será que aquilo era real, afinal; não estávamos enganados?” “Será que foi para isso que o Senhor nos chamou?” “Será que não nos adiantamos nisso, e afinal, o Senhor não tinha isso em mente?” “Será que estávamos errados?” Imagino que muitos de nós sabemos o que são essas experiências de conflito, de batalha por uma visão. Mas esse combate nos coloca, finalmente, em um lugar ainda mais forte do que antes em relação ao propósito Divino.

Nossa história é assim; muitas vezes fomos até a morte e conflito com nossa visão, em experiências que aparentemente acabaram com ela, muitos questionamentos foram feitos, mas, finalmente, nos encontramos mais solidamente comprometidos com o propósito Divino do que antes. Nós passamos pelo conflito e elementos morais e espirituais foram edificados como resultado da prova.

A Batalha por uma Posição Tomada

Nós tomamos a posição e declaramos isso. Como é fácil, em encontros e conferências, assumirmos posições em conjunto com o corpo de Cristo, declararmos que iremos tomar certa direção e dizer que seguiremos nesse curso para sempre daqui em diante: “Nunca, nunca O abandonarei”. Podemos prontamente cantar essas coisas em hinos e, amanhã, nos encontraremos revendo tudo, olhando ao nosso redor em busca de uma saída. É verdade, nosso coração é inconstante sempre que fazemos uma declaração. E, na medida que o tempo passa, na força disso, seguimos em frente e somos desafiados pela nossa posição: “Então, entoou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor” [Êx 15:1]. Eles chegaram do outro lado do mar [Vermelho] e todo o Israel cantou. O que eles cantaram? Uma canção de absoluta vitória. Poderíamos pensar que eles já estavam na terra, mas não demorou muito até que estivessem murmurando contra o Senhor e contra Moisés. Israel foi testado, desafiado, provado pela posição que tomou, atravessando um período negro. O mesmo acontece conosco. A qualquer momento que fazemos uma declaração, devemos cedo ou tarde ser testados por ela. (Espero que o efeito do que estou dizendo não te leve a dizer: "Nunca vou declarar nada novamente". Se você tomar essa atitude simplesmente vai limitar o Senhor). É necessário, para obter o despojo, que sigamos adiante. As qualidades serão desenvolvidas no caminho. Seria correto dizer que, na medida da nossa devoção, fazemos declarações, tomamos posições, e o Senhor nos chama a fazer isso, pois assim concedemos a Ele o terreno para nos provar. De alguma forma, parece que o Senhor demanda uma declaração nossa, antes que Ele possa fazer alguma coisa. Se você nunca tomou uma posição, sempre teve reservas, tantos cuidados, o Senhor nunca foi capaz de fazer algo em você. Mas quando nós tiramos o pé do fundo e nos lançamos nas profundezas, onde não dá pé, aí é como se estivéssemos dizendo que estamos junto com o Senhor. A partir daí é que Ele pode começar a fazer as coisas. Nós somos testados pela posição e o compromisso que assumimos, obtendo qualidades para edificação, o despojo da batalha.

Estava lendo a seguinte citação do livro “Mananciais no Deserto”:

"Muitas pessoas desejam poder. Mas como o poder é produzido? Outro dia passamos pela região que supre os motores dos bondes de eletricidade. Ouvimos o zumbido e barulho das incontáveis rodas, e perguntamos a nosso amigo, 'de onde vem a força propulsora para movê-los?' Ele respondeu, 'Somente por meio da rotação das rodas e de sua fricção é que elas produzem energia. O atrito produz a corrente elétrica'."

"Então, quando Deus deseja trazer mais poder à nossa vida, Ele traz mais pressão. Ele gera força espiritual, por meio de forte fricção. Alguns não gostam disso, e tentam fugir das pressões, ao invés de obter o poder e usá-lo para se elevar acima das causas de seu sofrimento."

"Oposição é essencial a um verdadeiro equilíbrio de forças. As forças centrípeta e centrífuga, agindo em direções opostas, mantém o planeta em sua órbita. Uma força atraindo e a outra repelindo, ação e reação. Apesar de não parecer, essas forças sustentam a órbita do planeta equilibrada no sistema solar, impedindo que ele se perca no espaço em uma trilha de desolação."

"Assim Deus guia nossas vidas. Não é suficiente ter apenas uma força impelindo – nós necessitamos também de uma força repelindo. Assim Ele nos mantém firmes pelas experiências penosas da vida, por meio da pressão da tentação e prova, pelas coisas que parecem estar contra nós, mas que na verdade estão nos conduzindo mais longe em nosso caminho e estabelecendo nossa jornada."

"Vamos agradecê-lO por ambas, vamos tomar os pesos, assim como as asas, sendo dessa maneira Divinamente impulsionados, vamos persistir com fé e paciência em nosso chamado elevado e celestial".

Essa é apenas uma outra forma de expor a idéia. Luz e poder vêm do conflito. Assim o Senhor edifica Sua casa, com os despojos da batalha. Ele concede permissão aos inimigos - internos e externos - para que permaneçam, com o objetivo da nossa superação, para que Ele possa obter a beleza e a glória para Sua casa.

O Senhor aponta para a Sua palavra e nos mostra que, quando Ele concede a visão, a revelação, o chamado, e quando nós respondemos positivamente a esse chamado, então os revezes, dificuldades e oposições acontecem. Sim, isso não é uma contradição com a revelação de Deus ou com o Seu chamado, mas é intencional, com o objetivo de nos conduzir para dentro de algo maior, que é mais profundo do que uma realidade emocional em relação àquela verdade e serviço. Essas coisas devem nos levar a um lugar de força, onde Ele pode contar conosco. Diz o Senhor Jesus: “Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” [Mt 16:18]. Isso ocorre por causa da sua qualidade moral, por causa disso ela está estabelecida para sempre.


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